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Um poema para a volta ao lar.

Me espremo

Me sinto espremida

Corredor apertado que não cabe mais a Alma

Me sinto sem escolha

Sem ser vista 

Me sinto corrompida pelas forças invisíveis da vida, do passado

Mas aí eu sou a vítima?

Entreguei meu poder da mão do homem, do pai

Preciso voltar pro lar

De onde sai um dia 

E não consegui voltar mais

Passei anos perambulando pelas vielas estreitas em mim mesma

Nos becos sem saída 

No labirinto das dúvidas 

A raiva contida 

O medo engasgado

Corredor apertado

Abro o espaço com as próprias mãos 

Dou passagem ao coração 

Destranco a verdade que antes estava soterrada nos destroços do inconsciente 

Uma chama aparece

A luz me ilumina 

Me guia de volta

Pro lugar de onde eu nunca deveria ter saído 

Pego nas mãos o meu diamante 

Me banho nas águas 

Corredor se expande, alarga

Volto pra casa

Onde estou segura

Me reencontrei comigo nesse caminho sinuoso

Me vi no passado e no futuro

Aqui e agora 

Decido ser quem eu vim pra ser

Minha Alma se alegra e dança 

A vida me espera 

Me abraça 

“Minha filha estou satisfeita.” 

Descanso no colo da grandeza

Realizada em mim mesma

Sou filha

Sou mãe 

Sou um pedaço da Deusa

Meu corpo meu sangue

A serviço do despertar feminino.

 
 
 

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